top of page
Writer's pictureEscola Lydia Yvone

Atividade de Língua Portuguesa - De 17 à 28/08.


OLHARES SOBRE A MÍDIA DIGITAL Habilidades: EF69LP44 - Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. EF69LP56 - Fazer uso consciente e reflexivo da norma-padrão em situações de fala e escrita em textos de diferentes gêneros, levando em consideração o contexto, situação de produção e as características do gênero. Vamos ao assunto O termo mídia refere-se a um conjunto de pessoas, meios de comunicação, função profissional relacionados à area do jornalismo e publicidade. Quando alguém utiliza o termo mídia impressa, está se referindo aos jornais, revistas, anúncios publicitários, dentre outras possibilidades. Já a mídia digital refere-se a todos esses recursos, mas que circulam em formato eletrônico. Antes de efetuar a leitura do texto a seguir, reflita e pesquise sobre os questionamentos abaixo: O que são likes e views? As pessoas são mesmo capazes de tudo para consegui-los? O que sugere a expressão “mídia nebulosa”? Acredito que o assunto que será abordado agora deve ser de seu conhecimento ou de seus familiares. Agora, leia o texto 1 e 2 atentamente. Texto 1 O desastre de Brumadinhoe a mídia nebulosa O município de Brumadinho fica próximo à antiga Vila de Brumado Velho, nome que o local recebeu devido à grande incidência de brumas, pelo período da manhã. A palavra bruma, para quem desconhece, significa nevoeiro, nebulosidade. Nebulosas também são as razões que acabaram provocando a catástrofe na cidade que tomou conta das redes sociais em janeiro de 2019, mobilizando debates, discussões, solidariedade e questionamentos. Alguns desses, envolvendo a cobertura desastrosa que muitos meios de comunicação fizeram. É notório que grandes catástrofes têm o poder de mobilizar audiências. Em tempos de internet circulação rápida de notícias, tornam-se assunto corriqueiro, viralizando imagens e dados com grande velocidade. Isso provoca, naqueles que possuem o poder de veicular as informações, uma corrida para entrevistar sobreviventes, buscar as imagens com os ângulos mais inusitados, na tentativa de colocar-se à frente da concorrência. Na ânsia de buscar informações novas e alcançar notoriedade na cobertura, muitos repórteres deixam-se levar pela exploração da dor humana sem se preocupar, efetivamente, com o mínimo respeito pelo entrevistado. Perguntas que exaltam a intensidade de emoções que o outro está vivenciando, como, por exemplo, o que significa o desaparecimento de um ente querido, ou ainda se é difícil conter as lágrimas diante da confirmação de uma morte, demonstram um claro despreparo para lidar com questões sensíveis em situações de crise. A imprensa precisa cumprir seu papel de levar a informação do modo mais claro e isento possível. Os limites éticos precisam ser respeitados no que se refere ao trato com o sofrimento alheio. Susan Sontag em seu livro Diante da dor dos outros, salienta que as pessoas que acompanhavam o noticiário, no caso referindo-se a Sarajevo, pouco entendiam sobre a guerra. Não há substituto para a experiência, e essa observação originou as reflexões do seu livro. Retomando essa ideia, nada pode explicar, ou mesmo demonstrar, a experiência de dor que o outro vive. Podemos, entretanto, ter empatia. Mostrar o que ocorre, buscando uma aproximação com o entrevistado de forma correta, ética, para que o público a ser atingido compreenda que, mesmo diante de uma dor que não se pode mensurar, é possível ser capaz de indignar-se a ponto de querer uma efetiva retratação de quem cometeu o erro. É importante perceber que uma tragédia ambiental e humana como a de Brumadinho, repeteco ainda mais trágico em número de mortes da que ocorreu há quatro anos na cidade de Mariana, com o rompimento da Barragem de Fundão, ocorre facilitada por um descaso institucional, que envolve também o poder público em sua ausência de fiscalização adequada. Segundo dados amplamente divulgados pela imprensa brasileira e mundial, o rompimento da Barragem de Fundão é considerado o maior desastre industrial do mundo envolvendo barragens de rejeitos, com um volume total despejado de aproximadamente 62 milhões de metros cúbicos. Também foi o responsável pelo maior impacto ambiental da história brasileira. O que ocorreu em Brumadinho não terá o mesmo dano à natureza, porém o número de mortos é superior ao de Mariana. É preciso acompanhar, fiscalizar o trabalho das mineradoras, verificar de forma eficiente se as barragens utilizadas para os resíduos de mineração dispõem de equipamentos de segurança, rever a legislação e promover efetivamente um ajuste de conduta no que se refere às normas de segurança envolvidas. Que mais este evento, o qual demonstra claramente o quanto o fator humano ainda é desconsiderado neste país, não caia nas brumas do esquecimento, não seja envolto em nevoeiros e se perca em meio a tantas novidades e notícias que nos bombardeiam diariamente. Buscar audiência com a tragédia alheia não é novidade em nossos meios de comunicação. O que precisa ser novo é nosso olhar crítico e cidadão em solidariedade às vítimas, e em indignação e luta para que outros eventos dessa natureza nunca mais ocorram. Que os meios de comunicação, os influenciadores digitais e todos os veículos empenhados em compartilhar as informações sobre o ocorrido pautam-se pela ética, pelo respeito, e que saibam comportar-se de forma humana, diante da dor dos outros. Marcos Rohfe 1 Tragédia de Brumadinho. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/biologia/rompimento-barra-gem-brumadinho.htm>. Acesso em: 02 mar. 2020. 2 SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. Texto 2 BrumaDor A névoa encobre a lembrança.... Dores que se calam, perplexas... No esquecimento, a dança... (macabra) Da dor e caos à desordem resumida... Mães choram suas crianças... Pais lamentam sua condição, sua vida... Até quando as brumas encobrirão os desatinos? Sorrir diante da bruta flor, que floresce na lama. Eterno desafio Ser forte é o que nos alimenta. Marcos Rohfe Link para aprofundamento https://www.youtube.com/watch?v=wQ2kmfdTXAM ASSUNTO TRISTE NÉ!? MAS, VAMOS LÁ.

Links de estudo Texto de Opinião https://www.youtube.com/watch?v=_S3w9FepIFE Poema ou poesia? https://www.youtube.com/watch?v=6XG4QgDdNS4 O que são likes e views? Os Likes são dados por pesoas Inscritos ou não, engajados ou não a uma determinada porte de informação online, o view corresponde ao número de pessoas que te assistem. No fim, isso é o que mais importa diante das diversas informações. Porém, muitas marcas ainda não enxergam dessa forma. O número de inscritos ainda chama mais atenção para pessoas. O que é mídia nebulosa? A mídia pode ser ''nebulosa '' ser má em publicações e pode seja para inventar uma mentira ( fake news ) ou para falar mau de uma pessoa expor alguém somente para obter alguns viels. Responda


A) A qual gênero textual pertence o texto 1 e 2? Porque? * B) A linguagem (Escrita) utilizada em ambos os textos é coloquial ou culta? Jutifique sua resposta *

C) Os Textos 1 e 2 citam o mesmo evento, com perspectivas diferentes, porém ambos remetem aos mesmos valores humanos. Que valores são esses? *

D)O que o título do poema (Texto 2) pode significar? * Sua resposta O Texto 1 faz uma crítica à maneira como alguns veículos (meios) de comunicação trataram a tra-gédia ocorrida em Brumadinho. Que crítica é essa? *

1 view0 comments

Comments


bottom of page