AULA 1 E 2
LEIA OS TEXTOS PARA RESPONDER O QUESTIONÁRIO.
A ORIENTAÇÃO PELO SOL
Observando o Sol, o ser humano percebeu que esse astro surge (ao amanhecer) e desaparece (ao anoitecer) aproximadamente nas mesmas direções todos os dias. Com base nessa observação, foi determinado um conjunto de pontos de orientação, chamados pontos cardeais: leste, oeste, norte e sul. A direção do Sol ao nascer ficou determinada como leste (L) ou oriente (que significa nascente). O lado oposto, em que o Sol desaparece, ficou determinado como oeste (O) ou ocidente (que significa poente). Foram também estabelecidos o norte (N), ou setentrional ou boreal, e o sul (S), ou meridional ou astral.
A rosa dos ventos Com base nos pontos cardeais, foram determinadas direções intermediárias, conhecidas como pontos colaterais: nordeste (NE), noroeste (NO), sudeste (SE) e sudoeste (SO). Existem ainda os pontos subcolaterais, localizados entre os cardeais e os colaterais: norte-nordeste (NNE), norte- -noroeste (NNO), su-sudeste (SSE), su-sudoeste (SSO), leste-nordeste (LNE), leste-sudeste (LSE), oeste- -noroeste (ONO) e oeste-sudoeste (OSO). Os pontos de orientação (cardeais, colaterais e subcolaterais) compõem uma figura denominada rosa dos ventos.
A ORIENTAÇÃO PELA BÚSSOLA
A bússola é um instrumento de orientação que se parece com um relógio. Inventada pelos chineses há muito tempo, ela possui uma agulha imantada, que gira sobre um eixo, e um mostrador, no qual está desenhada a rosa dos ventos. A agulha imantada aponta sempre para o norte, atraída pelo polo magnético da Terra, que atua como um grande ímã. Esse polo magnético, porém, não corresponde exatamente ao polo norte geográfico, apresentando uma diferença de cerca de 1 400 quilômetros em relação a ele. Para não se desviar da direção norte geográfica, aviões e embarcações que empregam a bússola como instrumento de orientação usam também mapas especiais, chamados cartas de navegação. Essas cartas corrigem a diferença entre os polos magnético e geográfico, permitindo que os deslocamentos a longas distâncias ocorram de maneira mais precisa, com erros mínimos.
INSTRUMENTOS DE ORIENTAÇÃO
Hoje é cada vez mais comum a utilização de instrumentos, como radares, rádios e o sistema GPS, para uma orientação mais precisa no espaço geográfico. A sigla GPS vem da expressão em inglês Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global). Esse sistema permite a localização de pontos sobre a superfície da Terra. Os receptores GPS recebem os sinais dos satélites artificiais na órbita da Terra e calculam a própria posição. O uso do GPS, como representado na fotografia a seguir, tem sido cada vez mais comum em celulares e automóveis, para auxiliar pedestres e motoristas em seus deslocamentos, e é muito frequente nas navegações marítima e aérea.
LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO
Os pontos de orientação são muito importantes para indicar as direções e localizações a partir de um ponto de referência. Mas será que eles são suficientes para determinar com precisão qualquer local na superfície terrestre? Quando queremos indicar a alguém onde é a nossa casa, podemos usar um ponto de referência, como uma avenida. Porém, se queremos localizar na superfície do nosso planeta uma cidade ou um navio em alto-mar, precisamos de orientações mais precisas. Para localizar lugares ou objetos com exatidão na superfície terrestre, usa-se um conjunto de linhas imaginárias traçadas sobre os mapas e globos. Essas linhas são denominadas paralelos e meridianos. Os paralelos são linhas imaginárias horizontais que circundam o planeta. O principal é a linha do Equador, que divide a Terra em duas partes iguais chamadas hemisférios: o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul. Os paralelos são indicados por graus e determinados a partir da linha do Equador (0º), podendo atingir o valor máximo de 90º a norte ou a sul. Os principais paralelos recebem denominações específicas: Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer, no Hemisfério Norte; Círculo Polar Antártico e Trópico de Capricórnio, no Hemisfério Sul. Os meridianos são linhas imaginárias verticais traçadas do Polo Norte ao Polo Sul e também são medidos em graus. Têm o valor máximo de 180º nos hemisférios Leste e Oeste. Todos os meridianos são medidos a partir do meridiano de Greenwich, que corresponde a 0º e divide a Terra em dois hemisférios: o Hemisfério Leste e o Hemisfério Oeste.
A latitude e a longitude Quando observamos os paralelos e os meridianos em um mapa ou globo, temos a impressão de que a Terra está envolta em uma rede. Essa rede permite localizar com precisão qualquer lugar ou objeto na superfície terrestre e pode nos indicar a latitude e a longitude desse lugar. A latitude é a distância em graus de qualquer ponto na superfície terrestre em relação à linha do Equador. Todos os pontos que estão sobre o mesmo paralelo têm a mesma latitude. As latitudes variam entre 0º, na linha do Equador, e 90º, ao norte ou ao sul desse paralelo. A longitude é a distância em graus de qualquer ponto na superfície terrestre em relação ao meridiano de Greenwich. Todos os pontos situados sobre o mesmo meridiano têm a mesma longitude. As longitudes variam entre 0º, no meridiano de Greenwich, e 180º, para leste ou oeste dele. As coordenadas geográficas Quando estamos em uma cidade, podemos localizar alguns lugares tendo como referência, por exemplo, o cruzamento de duas ruas ou avenidas. Cada uma dessas vias seria um eixo, e o ponto em que ambas se cruzam seria a coordenada. Podemos fazer o mesmo com os paralelos (latitudes) e os meridianos (longitudes). O cruzamento ou encontro dessas linhas determina uma coordenada geográfica que nos permite localizar com exatidão um ponto na superfície terrestre.
REPRESENTAÇÕES DO ESPAÇO GEOGRÁFICO CARTA
Croqui. Desenho esquemático ou esboço, à mão livre, dos principais elementos de uma paisagem. Em geral, o esboço é chamado de croqui cartográfico quando apresenta o espaço visto de cima, em visão vertical.
Planta. Representação plana e bem detalhada de uma máquina, de um imóvel ou de parte da superfície da Terra; por exemplo, um bairro.
Carta. Representação do espaço geográfico visto de cima. Trata-se de uma representação plana de uma porção pouco extensa da superfície terrestre, com detalhamento mediano dos aspectos naturais e artificiais presentes nessa área.
ESCALA
Para representarmos o espaço geográfico de forma proporcional à realidade, é preciso usar uma relação matemática chamada escala. A escala é a relação entre a medida de um objeto representado no mapa e a medida desse mesmo objeto em seu tamanho real. A escala expressa o número de vezes que a realidade foi reduzida para caber no papel. Ela pode ser expressa nas formas: gráfica: 100 cm ou 0 100 cm ou 0 100 200 300 cm No exemplo acima, a medida real do terreno é cem vezes maior que a medida representada no mapa, isto é, cada 1 cm do mapa equivale a 100 cm do terreno representado. A escala gráfica é representada na forma de uma linha graduada, na qual são apresentadas as proporções de redução do terreno em relação ao mapa. É muito comum o uso de uma versão simplificada da escala gráfica, na qual se indica somente a que medida corresponde 1 cm do mapa. numérica: 1:100 A escala numérica é expressa por uma proporção que relaciona a medida no mapa (1 centímetro) com a medida no terreno na mesma unidade (100 centímetros). Quanto maior for a escala de um mapa, menor será a área representada, porém haverá mais detalhes. E quanto menor for a escala de um mapa, maior será sua área de abrangência, sem, contudo, apresentar detalhes de maneira bastante visível.
ATIVIDADES : COPIAR AS PERGUNTAS E RESPONDER.
1 Qual ponto cardeal é determinado pelo nascer do Sol? Descreva como podemos identificar os pontos cardeais com base na observação do Sol.
2 Observe o mapa abaixo e responda.
a) Por que os paralelos e os meridianos são chamados de linhas imaginárias? Como é feita a distribuição dessas linhas pelo globo?
b) Por que o meridiano de Greenwich é considerado uma referência geográfica?
3 Que modelo de representação mostra a superfície terrestre com menos distorções? Que inconveniência esse modelo apresenta?
4 Sobre as maquetes, responda.
a) O que são?
b) Como são representados seus elementos?
c) Quais são seus principais usos?
5 Para interpretar um mapa, é preciso estar atento aos elementos da representação cartográfica. Sobre a escala, indique em seu caderno a alternativa correta.
a) Indica as direções cardeais.
b) Mostra quanto a superfície foi deformada no plano.
c) Identifica os hemisférios Leste e Oeste.
d) Expressa uma relação entre dimensões.
e) Localiza um fenômeno na superfície terrestre
6 Observe a fotografia abaixo e justifique que tipo de representação ela mostra.
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