Robótica sem usar o computador
Sucata e peças de brinquedos podem substituir a informática e levar a entender o funcionamento das máquinas.
Trabalhar com robótica é construir robôs ou outros mecanismos que consigam desempenhar tarefas autonomamente, como se locomover sozinho ou levantar um objeto. Ainda que muitas escolas abordem esse processo utilizando componentes eletrônicos e da informática, o uso de tecnologia sofisticada não é indispensável para apresentar o assunto aos alunos. Ao contrário: muitas instituições conseguem bons resultados apostando em sucata e peças de brinquedos (veja os exemplos no quadro ao lado). A robótica pode ser, sim, um recurso pedagógico interessante. Mas só faz sentido utilizá-la se for para ajudar no ensino de Ciências - seja pelo contato com os procedimentos da disciplina (observação, pesquisa, investigação e resolução de problemas), seja como um jeito instigante de tratar de conteúdos relacionados às máquinas, como mecânica, movimento e energia. Parece óbvio, mas muita gente acaba se deixando levar pela novidade das "maquininhas que fazem coisas" e se esquecendo dessa lição. "Quando a finalidade é apenas a manipulação dos robôs, o equipamento vira brinquedo. O tempo gasto em aula com a montagem do maquinário tem de ser o menor possível e deve estar a serviço do aprendizado", afirma Cristian Anunciato, pesquisador da Sangari Brasil, empresa que desenvolve projetos para o ensino de Ciências. Quando esses requisitos são cumpridos, a robótica vira uma aliada para desenvolver o pensamento científico das turmas de 8º e 9º anos. Por seu caráter participativo - quase sempre há a criação de algum modelo ou experimento -, a ferramenta exige que a turma se aprofunde nos conceitos da disciplina para fazer as máquinas funcionarem. "Com o desafio de construir um produto, os alunos elaboram hipóteses e alteram o percurso de pensamento quando erram. Do ponto de vista do aprendizado, essa trajetória é mais estimulante do que receber respostas prontas", explica Cristina Seixas, da Fundação Bradesco de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, que organiza oficinas de robótica para reforçar o interesse pelas Ciências.
Passo-a-passo Carro movido a bexiga
Material necessário: bexiga, mangueira ou canudo dobrável, papelão, conjuntos com rodas e eixos, estilete ou arco de serra, tubos redondos de canetas e fita adesiva.
1 Prenda eixos e rodas no pedaço de papelão. Tome o cuidado de deixar o conjunto rodar livremente, colocando-o dentro de um tubo de caneta.
2 Com a fita adesiva, prenda a bexiga na ponta de um canudo dobrável. Se quiser, use mais de um desses conjuntos para obter mais velocidade.
3 Fixe o conjunto na parte de cima do carro. Não se esqueça de deixar uma ponta do canudo para fora do papelão para poder encher a bexiga.
4 Por fim, dobre a ponta do canudo para cima, de maneira que a bexiga não toque o chão enquanto o carro se movimenta.
1. Faça o carrinho filme e envie sem experimento.
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