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Writer's pictureEscola Lydia Yvone

Aula de Filosofia

Updated: Jun 15, 2020

Prof Sérgio 1ªA e 1ªB

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http://www.padlet.com/serginhofam2/filosofia1anos

Senha:socrates1


https://www.youtube.com/watch?v=fT4XsLdbttE&t=329s este é o link para assistir a explicacao do primeiro conteúdo de maio.


EE PROFESSORA LIDYA IVONE MARQUES

Componente Curricular: Filosofia

Período: 18/05/2020 a 22/05/2020

Ano / Série / Termo: 1º anos

Carga horária: 10

Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues

Leia o texto e responda as questões

Período socrático ou antropológico

Com o desenvolvimento das cidades, do comercio, do artesanato e das artes militares, Atenas tornou-se o centro da vida social e política e cultural da Grécia. A democracia, que foi criada nessa cidade, apresentava duas características de grande importância para o futuro da filosofia.

Em primeiro lugar, afirma a igualdade perante as leis a todos os homens adultos livres nascidos em Atenas. Em segundo, a garantia a todos eles a participação direta no governo da polis, com direito de exprimir, discutir e defender em público suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. Surgia, assim, a figura política do cidadão.

Ora, para conseguir que sua opinião fosse aceita nas assembleias, o cidadão precisava ser capaz de persuadir os demais. Com isso, uma mudança profunda ocorrerá na educação grega.

Antes da instituição da democracia, as cidades eram dominadas pelas famílias aristocráticas (ou da nobreza), senhoras das terras e do poder militar. Essas famílias criaram um padrão de educação pelo qual o homem ideal ou perfeito era o guerreiro belo e bom. Belo: seu corpo era formato pela ginastica, pela dança e pelos jogos de guerra. Bom: seu espírito era formado aprendendo com poetas como Homero, Píndaro e Hesíodo as virtudes admiradas pelos deuses e praticadas pelos heróis; a principal delas era a coragem diante d morte, na guerra. A virtude era aretê, ou excelência na prática do bem pelo guerreiro.

Quando a economia agrária foi sendo suplantada pelo artesanato e pelo comercio, a classe social urbana rica que se fortalecia (particularmente em Atenas) desejou exercer o poder político, até então privilégio da classe aristocrática. Com a instituição da democracia o poder de ser exclusivo dos aristocratas e passa para os cidadãos. Dessa maneira, o antigo ideal educativo ou pedagógico também foi sendo substituído por outro, que privilegia a formação do bom cidadão. Assim, a nova educação estabelece como aretê ou padrão ideal a formação do bom orador, isto é, aquele que saber falar em publico e persuadir os outros na política.

Para dar aos jovens gregos essa educação, surgiram os sofistas, os primeiros filósofos do período denominado socrático. Os sofistas mais importantes são: Protágoras de Abdera (490 a.C 415 a.C), Górgias de Leontini (485 a.C – 380) e Isócrates de Atenas (436 a.C -338 a.C).

Que diziam e faziam os sofistas? Diziam que os ensinamentos dos filósofos cosmologistas estavam repletos de erros e contradições e que não tinham utilidades para vida da pólis. Apresentavam-se como mestres da arte da oratória ou retórica, e capazes de ensinar essa arte aos jovens para que fossem bons cidadãos.

Que arte era essa? A arte da persuasão. Os jovens aprendiam com os sofistas a defender tanto a posição ou opinião. A como a posição ou opinião contrária, não A. desse modo, numa assembleia, poderiam ter fortes argumentos a favor ou contra uma opinião e ganhar a discussão.

Os sofistas criaram os sofismas?

Atualmente, usa-se a palavra sofisma para definir o raciocínio que pretende parecer verdadeiros, mas não o é, pois parte de afirmações que não correspondem a realidade ou estabelece relações que não são válidas entre afirmações. Em geral, o sofisma decorre da intenção de enganar ou iludir.

Essa definição de sofisma não corresponde exatamente á atividade dos sofistas, mas foi atribuída a eles por Sócrates e Platão, que não aceitavam a ideia de cidadão como aquele que sabe persuadir ou convencer os outros a aceitar suas opiniões. Os sofistas acreditavam que o cidadão, mas bem sucedido em opinar e discutir nas assembleias era aquele capaz de conhecer a pluralidade das opiniões e as possíveis refutações dos pontos de vista contrários.

Como restaram apenas fragmentos de seus textos, conhecemos os sofistas principalmente pelo relato de seus adversários – Platão, Xenofonte, Aristóteles. Assim, não temos como saber se estes foram justos com aqueles. Historiadores mais recentes consideram os sofistas verdadeiros representantes da pluralidade de opiniões e interesses característica da democracia, enquanto seus adversários defenderiam uma política aristocrática, na qual somente algumas opiniões e interesses prevaleceriam na sociedade.

Atividades copiar e responder no caderno.

1) O que tornou- se a cidade de Atenas no período socrático?

2) Quais são as duas características da democracia grega?

3) Antes da instituição democrática, como era dominada a cidade de Atenas?

4) Qual é o significado de Belo para os atenienses?

5) Qual é o significado de Bom para os atenienses?

6) Quais são os sofistas mais importantes?

7) Que diziam e faziam os sofistas?

8) Que arte era essa dos sofistas?

9) O que significa a palavra sofisma?

10) O que considera os historiadores sobre os sofistas?

EE PROFESSORA LYDIA IVONE MARQUES

Componente Curricular: Filosofia

Período: 25/05/2020 a 29/05/2020

Ano / Série / Termo: 1º anos A, B

Carga horária: 10

Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues

Leia o texto e responda as questões

Sócrates contra os sofistas.

Sócrates rebelou-se contra os sofistas, dizendo que eles não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade e defendiam qualquer ideia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e mentira valerem tanto quanto a verdade.

Sócrates concordava com os sofistas em dois pontos: por um lado, a educação antiga do guerreiro belo e bom já não atendia as exigências da sociedade grega e, por outro, os filósofos cosmologistas defendiam ideias tão contrarias entre si que também não eram fontes seguras para o conhecimento verdadeiro.

Discordando de seus antecessores e contemporâneos, Sócrates propunha que, antes de querer conhecer a natureza ou persuadir os outros nas assembleias, cada um deveria conhecer-se a si mesmo.

O retrato que a história da filosofia possui de Sócrates foi traçado por seu mais importante aluno e discípulo, o filósofo ateniense Platão. Que retrato de Platão nos deixa sobre Sócrates? O de um homem que andava pelas ruas e praças de Atenas, pelos mercados e pelas assembleias indagando a cada um: você sabe o que é isso que você está dizendo? Você sabe o que é isso que você acredita, aquilo que está pensando, aquilo que está dizendo? Você diz, falava Sócrates que a coragem é importante, mas o que é coragem? Você acredita que a justiça é importante, mas o que é justiça? Você diz que ama as coisas e as pessoas belas, mas o que é beleza? Você crê que seus amigos são a melhor coisa que você tem, mas o que é amizade?

Sócrates fazia perguntas sobre as ideias e os valores nos quais os gregos acreditavam e que julgavam conhecer. Suas perguntas deixavam os interlocutores embaraçados, irritados, curiosos, pois, quando tentavam responder ao celebre o que é? Descobriram, surpresos, que não sabiam responder, pois nunca tinham pensado em suas crenças, valores e ideias.

Só sei que nada sei

Mas o pior era isso: as pessoas esperavam que Sócrates respondesse por elas ou para elas, como os sofistas buscavam fazer. Mas Sócrates, para desconcertos geral, dizia: eu também não sei a resposta, por isso estou perguntando. Donde a famosa expressão atribuída a ele diante da sibila em Delfos: só sei que nada sei.

A consciência da própria ignorância é o começo da filosofia, dizia ele. O que procurava Sócrates? A definição daquilo que uma coisa, uma ideia, um valor são verdadeiramente - ou seja, sua essência?

A essência não é dada por aquilo que os órgãos dos sentidos nos trazem, e sim pelo trabalho do pensamento. Portanto, procurá-la é procurar o que pensamento conhece da realidade e da verdade de uma coisa, de uma ideia, de um valor. Isso que o pensamento conhece da essência de alguma coisa chama-se conceito.

Sócrates procurava o conceito, e não a mera opinião que temos de nós mesmo, das coisas, das ideias e dos valores. Qual diferença entre uma opinião e um conceito? A opinião varia de pessoa para pessoa, de lugar para lugar, de época para época. O conceito, ao contrário, é uma verdade intemporal, universidade e necessária que o pensamento descobre, pois mostra qual é a essência intemporal, universal e necessária de alguma coisa.

Sócrates não perguntava se uma coisa era bela, pois nossa opinião sobre ela pode variar. Em vez disso, perguntava o que é a beleza? Qual a essência ou conceito do belo? Fazia o mesmo com justiça, a coragem, amizade.

Sócrates perguntava: que razões rigorosas você possui para dizer o que diz e para pensar o que pensa? Qual é i fundamento racional daquilo que você fala e pensa?

Oras, as perguntas de Sócrates referiam-se as ideias, valores, práticas e comportamentos que os atenienses julgavam certos e verdadeiros em si mesmos e por si mesmo. Ao suscitar dúvidas, Sócrates os fazia pensar não só sobre si mesmo, mas também sobre ao polis. Aquilo que parecia evidente acabava sendo percebido como duvidoso e incerto.

Atividades copiar e responder no caderno.

1- Por que o filósofo Sócrates se rebelou contra os sofistas?

2- Quais os dois pontos que Sócrates concordava com os sofistas?

3- O que Sócrates propunha saber, mas discordava dos seus antecessores?

4- Que retrato Platão nos deixa de seu mestre Sócrates?

5- Como deixa as perguntas de Sócrates aos interlocutores?

6- Qual é a famosa expressão que foi atribuída ao filósofo Sócrates?

7- O que procurava Sócrates no começo da filosofia?

8- O que é a essência para o Sócrates?

9- Qual a diferença entre uma opinião e um conceito?

10- O que se referiam as perguntas de Sócrates?


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