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  • Writer's pictureEscola Lydia Yvone

Aula de Filosofia

Updated: Jun 22, 2020

Prof Sérgio 2ªA

Copie o endereço do link e coloque na barra de tarefa para entrar na sala de aula com o professor Sérgio

assistam o vídeo da explicação da aula https://www.youtube.com/watch?v=mJ5JrfxIUlM&t=630s

E.E. Prof.ª LYDIA YVONE GOMES MARQUES

Componente Curricular: Filosofia

Período: 27/04/2020 a 30/04/2020

Ano / Série / Termo: 2º anos A, B

Carga horária: 31

Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues

Leia o Texto e responde as questões:

Ética ou Filosofia Moral

Vimos nas aulas que os costumes são anteriores ao nosso nascimento e formam o tecido da sociedade em que vivemos, de modo que em geral são considerados inquestionáveis e naturais, existentes por si mesmos. Além disso, para assegurar o aspecto obrigatórios desses costumes, muitas sociedades tendem a sacraliza-los, ou seja, as religiões os concebem ordenados pelos deuses, na origem dos tempos, para evitar que sejam transgredidos.

A ética como disciplina filosófica ou filosofia moral nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes. Ao nascer, ela também busca compreender o caráter de cada pessoa, isto é as características pessoais de cada um, que determinam quais virtudes e quais vícios cada indivíduo é capaz de praticar. Ou seja, buscar compreender o senso moral e a consciência moral individuais.

Podemos dizer, com base nos textos de Platão (427 a.C – 347 a.C) e de Aristóteles (384 a.C – 322 a.C) que no Ocidente, a ética como disciplina filosófica foi iniciada com Sócrates (469 a.C – 399 a.C)

Sócrates, o incansável perguntador

Platão e Aristóteles contam que, na grande praça do mercado de Atenas (Ágora), ponto de encontro dos atenienses. Sócrates perguntava ás pessoas o que eram as virtudes ou os valores que orientavam suas ações. Ao fim, suas perguntas sempre revelavam que os atenienses respondiam sem pensar no que diziam repetindo o que lhe fora ensinados desde infância.

Como cada um havia cada um havia interpretado à sua maneira o que aprendera, era comum que uma pergunta recebesse respostas diferentes e que as pessoas caíssem em contradição. Com isso, o interlocutor ou se zangava com Sócrates e ia embora irritado ou reconhecia que não sabia o que imaginava saber, dispondo-se a buscar, com o filósofo, a virtude e o bem.

Sócrates embaraçava os atenienses porque os forcava a indagar não apenas qual era o sentido dos costumes estabelecidos (valores éticos ou morais da coletividade, transmitindo de geração em geração), mas também quais eram as disposições de caráter (características pessoais, sentimentos, atitudes, condutas individuais) que levavam alguém a respeitar ou não esses valores e por quê.

Ao indagar o que são virtudes e o bem, Sócrates realizava, na verdade, duas interrogações. Por um lado interrogava a sociedade para saber se o que ela costumava considerar virtuoso e bom correspondia efetivamente a virtude e ao bem. Por outro, interrogava os indivíduos para saber se tinham efetivamente consciências do significado e da finalidade de suas ações, se seu caráter ou sua índole eram realmente virtuosos bons. A indagações éticas socráticas dirigia-se, portanto, a sociedade e ao indivíduo.

As questões socráticas inauguraram a ética como parte da filosofia porque definem o ponto no qual valores e obrigações morais podem ser estabelecidos: a consciência do agente ético ou moral. É sujeito moral ou ético somente aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de suas ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores éticos. Sócrates afirma que apenas o ignorante é vicioso ou incapaz de virtudes, pois quem sabe o que é o bem não poderá deixar de agir virtuosamente.

Atividades copiar e responder as questões abaixo

1- O que a filosofia ética e moral busca compreender sobre os homens?

2- O que o filosofo Sócrates perguntava as pessoas nas praça pública?

3- Por que a pessoas se zangava com o filósofo Sócrates?

4- Por que o filósofo Sócrates embaraçava os atenienses?

5- O que são a virtude e o bem para Sócrates?

6- O que Sócrates queria saber quando interrogava os indivíduos de Atenas?

7- O que são as questões socráticas inauguram sobre a ética?

8- O que é o sujeito moral e ético?

9- O que Sócrates afirma sobre os ignorantes?

E.E. Prof.ª LYDIA YVONE GOMES MARQUES

Componente Curricular: Filosofia

Período: 04/05/2020 a 08/05/2020

Ano / Série / Termo: 2º anos A, B

Carga horária: 31

Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues

Leia o texto e responda as perguntas.

Aristóteles e práxis

Se devemos a Sócrates o início da ética como parte da filosofia, devemos a Aristóteles a distinção entre saber teorético ou contemplativo e saber prático. O saber teorético é o conhecimento de seres e fatos que existem e agem independentemente de nós e sem nossa interferência, ou seja, é o conhecimento de seres e fatos naturais e divinos. O saber prático é o conhecimento daquilo que só existe como consequência de nossas ações e, portanto depende de nós. O saber prático pode ser de dois tipos: técnica ou práxis.

Na técnica, o agente, a ação e a finalidade da ação são diferentes e estão separados, sendo independentes uns dos outros. Um carpinteiro, por exemplo, ao fazer uma mesa, realiza uma ação técnica, mas ele próprio não é essa ação nem ele é a mesa produzida. A técnica tem como finalidade a fabricação de alguma coisa diferente do agente (a mesa não é o carpinteiro) e da ação fabricadora (a ação técnica de fabricar a mesa implica o trabalho sobre a madeira com instrumento apropriados, mas isso nada tem a ver com a finalidade da mesa, uma vez que o fim para o qual é fabricada é determinado pelo uso e pelo usuário)

Na práxis, ao contrário, o agente, a ação e a finalidade do agir são inseparáveis, pois o agente, o que ele faz e a finalidade de sua ação são o mesmo. Assim por exemplo, dizer a verdade é uma virtude do agente, inseparáveis de sua fala verdadeira (uma fala verdadeira é o ser do próprio falante que a diz) e de sua finalidade, que é proferir uma verdade. Não podemos distinguir o falante, a fala e o conteúdo falado.

Assim, a técnica e a práxis são distinguidas uma da outra em razão da relação do agente com a ação e com a finalidade da ação. A ética é a política são saberes da práxis.

Deliberação e decisão

Também devemos a Aristóteles a definição do campo de ações éticas. Estas não só são definidas, pela virtude, pelo bem e pela obrigação, mas também pertencem àquela esfera da realidade na qual cabem a deliberação e a decisão ou escolha.

Em outras palavras, o curso da natureza segue leis necessárias e universais, não havendo como nem por que deliberar e escolher, pois as leis naturais regem como as coisas vão necessariamente acontecer. Não deliberamos sobre as estações do ano, o movimento dos astros, a forma dos minerais ou dos vegetais. Não deliberamos nem decidimos sobre o que é regido pela necessidade. Mas deliberamos e decidimos sobre tudo aquilo que, para ser e acontecer, depende de nossa vontade e de nossas ações. Não deliberamos e não decidimos sobre o necessário, pois o necessário é o que é será sempre tal como é, independentemente de nós. Deliberamos e decidimos sobre o possível, sobre aquilo que pode ser ou deixar de ser, porque para ser e acontecer depende de nós, de nossa vontade e de nossa ação. A distinção entre o necessário e o possível leva Aristóteles a uma diferenciação presente em todas as formulações ocidentais da ética: aquela entre o que é por natureza (necessário) e o que é por ação da liberdade (a ação virtuosa)

Com isso, Aristóteles acrescenta a consciência moral, trazida por Sócrates, a ideia da vontade livre guiada pela razão como o outro elemento fundamental da vida ética. A importância dada por Aristóteles à vontade racional, a deliberação e à escolha o levou a considerar que a prudência ou sabedoria prática seria condição de todas as outras virtudes e presentes em todas elas. Prudente é aquele que, em todas as situações, julga e avalia qual atitude e qual ação melhor realizarão a finalidade ética, ou seja, garantirão que o agente seja virtuoso e realize o que é bom para si e para os outros.

Atividade copiar e responder as questões.

1- O que é o saber teorético?

2- O que é o saber prático?

3- Quais são os dois tipos de saber?

4- Para Aristóteles o que é o saber técnico?

5- O que é práxis para Aristóteles?

6- Por que são distintas a técnica das práxis?

7- Por que não são definidas as virtudes para Aristóteles?

8- Quais leis necessárias segue o curso da natureza?

9- Qual é a distinção entre o necessário e o possível para Aristóteles?

10- Qual é importância dada por Aristóteles a vontade racional?

E.E. Prof.ª LYDIA YVONE GOMES MARQUES

Componente Curricular: Filosofia

Período: 11/05/2020 a 15/05/2020

Ano / Série / Termo: 2º anos A, B

Carga horária: 31

Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues

Leia o texto e responda as questões

O legado dos filósofos antigos

Ao examinar a ética dos gregos e romanos encontraremos três grandes princípios da vida moral:

1- Por natureza, os humanos aspiram ao bem e a felicidade, que só são alcançáveis pela conduta virtuosa

2- A virtude é uma excelência (em grego Arete) alcançada pelo caráter. Ela consiste na consciência do bem e na conduta definida pela vontade guiada pela razão, que deve controlar instintos e impulsos presentes na natureza do ser humano.

3- A conduta ética é aquela na qual o agente sabe o que está e o que não está em seu poder realizar, referindo-se, portanto, ao que é possível e desejável para um ser humano. Saber o que está em nosso poder significa, principalmente, não se deixa arrastar pelas circunstância, pelos instintos ou por uma vontade alheia, mas afirmar nossa independência e nossa capacidade de autodeterminação.

O sujeito ético ou moral não se submete aos acasos da sorte, a vontade e ao desejo de outros, a tirania das paixões: ele obedece apenas a sua consciência e a sua vontade racional. Os filósofos antigos consideravam a vida ética um embate continuo entre nossos apetites e desejos – as paixões – e nossa razão. Somo passionais por natureza, e a tarefa primeira da ética é educar nosso caráter ou nossa natureza para seguirmos a orientação da razão. A vontade ocupava um lugar fundamental nessa educação, pois era ela que deveria ser fortalecida para permitir que a razão controlasse e dominasse as paixões. Passional é aquele que se deixa arrastar por tudo que satisfaça imediatamente seus apetites e desejos, tornando-se escravos deles.

O cristianismo: interioridade e dever

Diferentemente dos seguidores de outras religiões da antiguidade, os primeiros adeptos do cristianismo não se definiam por seu pertencimento a uma nação ou a um Estado, mas por sua fé num único Deus. Assim, o cristianismo introduziu duas diferenças primordiais na antiga concepção ética:

1- A ideia de que a virtude se define por nossa relação com Deus, e não com a cidade (polis grega ou a Civita romanas) ou com os outros. Nossa relação com os outros depende da qualidade de nossa relação com Deus, único mediador entre cada indivíduo e os demais. Por isso, as principais virtudes cristã, condições de todas as outras, são a fé (a relação de nossa alma com Deus) e a caridade (o amor aos outros e a responsabilidade pela salvação dos outros, conforme exige a fé). As virtudes são privadas e não públicas, e se baseiam na intimidade e na interioridade de cada um.

2- A afirmação de que somos dotados de livre arbítrio e que, em decorrência do pecado original (ou a queda do primeiro homem e da primeira mulher), o impulso espontâneo de nossa liberdade dirige-se para o pecado. Somos seres pecadores, divididos entre o bem e o mal e dotados de natureza fraca. Por isso, o cristianismo afirma nossa incapacidade de realizarmos o bem e as virtudes apenas por um esforço de nossa vontade.

Assim, enquanto para os filósofos antigos a vontade consciente era uma faculdade racional capaz do nos tornar ético ao dominar e controlar nosso apetites e desejos, o cristianismo considera que a vontade humana está pervertida pelo pecado, sendo preciso auxilio divino para nos tornamos éticos. Esse auxilio é trazidos pela lei divina revelada ou pelos mandamentos diretamente ordenados por Deus aos humanos, que devem ser obedecidos sem exceção. Dessa maneira, o cristianismo reinterpreta e universaliza os mandamentos que, no judaísmo, se referem apenas aos membros da nação hebraico.

Atividade copiar e responder as questões

1- O que é uma virtude por excelência?

2- O que seria a conduta ética?

3- Por que o sujeito ético ou moral não submete aos acasos?

4- Como os filósofos antigos consideravam a vida ética?

5- O que é o ser passional?

6- Como se define virtude e a relação com Deus?

7- Quais as duas principais virtudes cristã?

8- O que afirma o cristianismo sobre as virtudes?

9- Como que os filósofos antigos define o ser ético?

10- O que o cristianismo reinterpreta?

EE PROFESSORA LYDIA IVONE MARQUES

Componente Curricular: Filosofia

Período: 18/05/2020 a 22/05/2020

Ano / Série / Termo: 2º anos A

Carga horária: 10

Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues

Leia o Texto e responda as perguntas a abaixo

A ideia de dever.

A concepção cristã introduziu também uma nova ideia na moral: a ideia do dever, isto é, a ideia de que a virtude é a obrigação de cumprir o que é ordenado pela lei divina.

Por meio da revelação aos profetas (antigos testamentos) e de Jesus Cristo, (novo Testamento), Deus manifestou sua vontade e sua lei aos seres humanos, definindo eternamente o bem e o mal, a virtude e o vicio, a felicidade e a infelicidade, a salvação e a perdição. Para obedecer a lei divina, três virtudes são necessárias: fé, esperança e caridade. São as virtudes teologais, isto é referida a nossa relação com Deus.

Há porem, virtudes que se referem a nossa força de alma, a nossa relação conosco mesmos. Assim como para guiar-se no espaço os humanos instituem os quatros pontos cardeais, a lei divina definiu quatro virtudes cardeais que devem guiar nosso passo no mundo moral: coragem, justiça, temperança e prudência.

Além delas, o cristianismo definiu virtudes que concernem ao nosso comportamento exterior ou á nossa relação com outros, as virtudes morais sobriedade, prodigalidade, trabalho, castidade, mansidão, modéstia e generosidade. Em oposição a elas, define os principais vícios, conhecidos como sete pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxuria, ira ou cólera, soberba ou orgulho, e inveja.

Aos humanos, cabe reconhecer a vontade e a lei de Deus, cumprindo-a por atos de dever. Esse é o único ato que torna morais um sentimento, uma intenção, uma conduta ou uma ação.

Com a concepção do ato moral como obrigação de obediência voluntária as leis e mandamentos divinos, cristianismo legou á ética a distinção entre três tipos fundamentais de conduta.

· A conduta moral ou ética, que se realiza de acordo com as normas e as regras impostas pelo dever.

· A conduta imoral ou antiética, que se realiza contrariando as normas e as regras fixadas pelo dever.

· A conduta indiferente a moral, que se realiza em situação que não são definidas pelo bem e pelo mal, e nas quais não se impõem as normas e as regras do dever, por exemplo, ler um livro, assistir a um filme, fazer compras semanais de alimentos, costurar uma roupa rasgada, etc.

Atividade copiar e responder as questões.

1- O que introduziu a concepção cristã?

2- Quais são as três virtudes para obedecer a lei divina?

3- Quais são as virtudes cardeais?

4- Como que o cristianismo definiu as virtudes?

5- Quais são as virtudes morais?

6- Quais são os setes pecados capitais?

7- O que cabe reconhecer os seres humanos sobre as leis de Deus?

8- O que a concepção da moral tem obrigação na obediência voluntaria?

9- Quais são os três tipos fundamentais de conduta.

EE PROFESSORA LYDIA IVONE MARQUES

Componente Curricular: Filosofia

Período: 25/05/2020 a 29/05/2020

Ano / Série / Termo: 2º anos A

Carga horária: 10

Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues

Leia o Texto e responda as perguntas a abaixo

A ideia de intenção

Com ideia do dever, a moral cristã introduziu também a ideia de intenção. Ate o cristianismo, a filosofia moral localizava a conduta ética nas ações e nas atitudes visíveis do agente moral. Essas condutas é que eram julgadas virtuosas ou viciosas.

O cristianismo, porém, é uma religião da interioridade. Afirma que a vontade e lei divinas não estão escritas nas pedras nem nos pergaminhos, mas inscritas no coração dos seres humanos. A primeira relação ética, portanto, se estabelece entre o coração do individuo de Deus. Como consequência, está submetido ao julgamento ético tudo que, invisível para os olhos humanos, é visível para o espírito de Deus. O dever não se refere apenas as ações visíveis, mas também as intenções invisíveis. Eis por que um cristão se obriga a confessar pecados cometidos por atos, palavras e intenções.

O cristianismo introduz a ideia do dever para oferecer um caminho seguro para nossa vontade, que sendo livre, mas fraca, sente-se divididas entre o bem e o mal. No entanto, essa ideia cria outro problema ético.

Se o sujeito moral é aquele que encontra em sua consciência as normas da conduta virtuosa, submetendo-se apenas ao bem e jamais a poderes externos a consciência, como falar em comportamento ético por dever? Este não seria a submissão ao poder externo de uma (Deus), que nos domina e nos impõe suas leis, forçando-nos a agir em conformidades com regras vindas de fora de nossas consciências?

Em outras palavras, se a ética exige um sujeito autônomo, a ideia de dever não levaria a heteronomia?

Atividade copiar e responder as questões

1- Qual é a ideia do dever cristão?

2- O que localizava a moral filosófica?

3- Por que o cristianismo é uma religião da interioridade?

4- Qual a consequência submetida no cristianismo?

5- O que se refere o dever e as ações visíveis?

6- Por que os cristãos se obrigam a confessar pecados cometidos?

7- O que introduz a ideia do dever no cristianismo?

8- O que é o sujeito moral?

9- Como falar em comportamento ético por dever?

10- Pesquise e escreva no caderno sobre a palavra heteronomia.

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