Prof Sérgio 3ªA e 3ªB
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E.E. Prof.ª LYDIA YVONE GOMES MARQUES
Componente Curricular: Filosofia
Período: 27/04/2020 a 30/04/2020
Ano / Série / Termo: 3º anos A, B
Carga horária: 31
Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues
Leia o Texto e responda as questões:
Falando da Razão
No cotidiano, dizemos, por exemplo “Eu estou com a razão” para significar que sabemos com certeza alguma coisa. Também dizemos que, num momento de fúria ou de desespero, “Alguém perde a razão”, como se a razão ou a lucidez fossem algo que se pode ter ou não ter, possuir e perder, ou mesmo recuperar.
Falamos também frases como: “se você me disser suas razões, sou capaz de fazer o que você me pede”, pretendendo dizer com isso que queremos ouvir os motivos que alguém tem para querer ou fazer alguma coisa. Fazemos perguntar como “Qual é a razão dessa enchente? querendo saberá causa de alguma coisa. Nesse caso, a razão, por ser uma causa, seria uma propriedade dos fatos da natureza. Desse modo, tanto nós quanto as coisas da natureza parecemos ser dotados de razão, mas em sentidos diferentes.
Quando a filosofia fala sobre a razão, ela fala de todos esses sentidos: ter certeza, ter lucidez, ter motivo, ter causa.
Esses vários sentidos ficam claros quando usamos o adjetivos racional: alguém é racional quando tem certeza e lucidez sobre o que pensa e diz e quando sabe o motivo para fazer uma ação; uma coisa um fato, um acontecimento são racionais quando podemos determinar a causa que realmente os produz ou produziu.
Em contraposição a racional, usamos o adjetivos irracional. Por exemplo, quando um professor diz a outro: “fulano trouxe um trabalho irracional, era um caos, incompreensível. Já o trabalho de beltrana era uma beleza, claro, compreensível, racional”. Aqui, racional significa clareza das ideias, ordem, resultado de esforço intelectual ou da inteligência segundo normas e regras de pensamento e de linguagem. Ao contrário, irracional significa confuso, desordenado, que não segue as regras e normas adequadas do pensamento e da linguagem.
Razão e razões: Os seres humanos como seres racionais
É muito célebre uma frase do filósofo Pascal (1623- 1662): “O coração tem razão que a razão desconhece”. Nessa frase, as palavras razões e razão não tem o mesmo significado. Razões são os motivos do coração, enquanto razão é algo diferente de coração. Coração é o nome que damos as emoções e paixões, enquanto razão é o nome que damos ao pensamento ou a inteligência como atividades de conhecimento.
Ao dizer que o coração tem suas próprias razões, Pascal afirma que as emoções, os sentimentos ou as paixões possuem causas ou motivos e são o motivos e são o motivo ou a causa de muito do que fazemos, dizemos, queremos e sentimos. Ao dizer que a razão desconhece “as razões do coração”, Pascal afirma que o pensamento, ou conhecimento intelectual, é diferente das paixões e dos sentimentos e que ela nem sempre pode explica-los
Agora podemos entender a pergunta “Você perdeu a razão?”. De fato, se alguém “perde a Razão”, é porque está sendo arrastado pelas “razões do Coração”. E, ao contrário, se alguém “recupere a razão”, é porque o pensamento ou o conhecimento intelectual se tornaram mais fortes do que as emoções.
Muitas vezes também ouvimos afirmações de que as ciências são a manifestação do “progresso da razão”. Aqui, a razão é colocada como capacidade intelectual para se obter o conhecimento verdadeiro da natureza, da sociedade, da história, e isso é considerado algo positivo. Por ser considerado um progresso o conhecimento cientifico é visto como algo que se realiza no tempo e é dotado de continuidade. Desse modo, a razão também é concebida como capaz de aumentar seus conteúdos e suas capacidades ao longo do tempo.
Todos esses sentidos constituem a nossa ideia de razão. Ela é o pensamento como atividade intelectual de conhecimento da realidade natural, social, psicológica, histórica, e nós a concebemos segundo o ideal da clareza, da ordenação e do rigor dos pensamentos e das palavras. Ela é também a capacidade de nossa inteligência e de nossa consciência para compreender as emoções e os sentimentos, modera-los, orienta-los para que não prejudiquem aos outros nem a nós mesmos. Nesse caso, ela é a consequência ética que guia nossos sentimentos e nossa vontade para o bem, razão designa, portanto, as leis do pensamentos (intelectual) e as regras da ação refletida (ética)
Atividades copiar as questões e responder no caderno.
1- O que a filosofia fala sobre a razão?
2- O que seria os vários sentidos que usamos no adjetivo racional?
3- Qual é o exemplo que o texto usa para a contraposição racional e o adjetivo irracional?
4- Na frase do filósofo Pascal como é vista a razão?
5- Qual a diferença entre o coração e a razão para o filósofo?
6- O que o Pascal afirma sobre pensamento?
7- Como e visto o conhecimento cientifico?
8- O que é o pensamento como atividade intelectual?
9- O que é guiado pela consciência ética?
E.E. Prof.ª LYDIA YVONE GOMES MARQUES
Componente Curricular: Filosofia
Período: 04/05/2020 a 08/05/2020
Ano / Série / Termo: 3º anos A, B
Carga horária: 31
Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues
Leia o Texto e responda as perguntas a abaixo:
A razão na própria realidade.
Para muito filósofos, a razão não é apenas a capacidade intelectual e ética dos seres humanos, mas também uma propriedade ou qualidade primordial das coisas. Para esses filósofos, nossa razão pode conhecer a realidade porque esta é racional em si mesma. Razão significa, agora, a ordenação regulada e necessária das próprias coisas.
Fala-se, portanto, em razão objetiva (a realidade é racional em si mesma) e em razão subjetiva (a razão é uma capacidade intelectual e ética dos seres humanos). A razão objetiva é a afirmação de que o objeto do conhecimento ou a realidade é racional; a razão subjetiva é a afirmação de que o sujeito do conhecimento e da ação é racional. Para muitos filósofos, a filosofia é o momento do encontro, do acordo e da harmonia entre duas razões ou racionalidades.
Origem da palavra razão
Na cultura da chamada sociedade ocidental, a palavra razão origina-se de duas fontes: a palavra latina ratio e a palavra grega lógos. Ambas são substantivos derivados de dois verbos que tem um sentido muito parecido.
Que fazemos quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos? Pensamos de modo ordenado. E que meios usamos para falar sobre essas ações? Usamos palavras. Por isso lógos, ratio ou razão significam pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção, de modo compreensível para outros.
Desde começo da filosofia, a origem da palavra razão fez com que ela fosse considerada oposta a quatro outras atitudes mentais:
· Ao conhecimento ilusório, isto é, ao conhecimento da mera aparência das coisas, que não alcança a realidade ou a verdade delas. Para a razão, a ilusão provém de nossos costumes, de nossos preconceitos da aceitação imediata das coisas tal como aparecem e tal como aparecem ser. As ilusões criam as opiniões que variam de pessoas para pessoas e de sociedade para sociedade, formando o senso comum e os preconceitos.
· Às emoções, aos sentimentos, as paixões, que são cegos, contrários uns aos outros, ora dizendo “sim”, ora dizendo “não” a uma mesma coisa.
· À crença religiosa, para qual a verdade nos é dada pela fé numa revelação divina, não dependendo do trabalho de conhecimento realizado pelo nosso intelecto. A razão é oposta a revelação, e por isso os filósofos cristão distinguem entre a luz natural – a razão é a luz sobrenatural –a revelação.
· Ao êxtase místico (dos santos, dos profetas), no qual o espirito acredita entrar em relação direta com o ser divino e participar dele, sem nenhuma intervenção nem do intelecto, nem da vontade. Pelo contrário, o êxtase místico exige um estado de rompimento com a atividade intelectual e com a vontade, ou seja, exige a perda da consciência da própria individualidade para entregar-se ao gozo ou ao prazer de participar do ser infinito, num conhecimento que só pode ser sentido e não pode ser expresso em pensamentos ou palavras.
Atividade copiar e responder as questões
1- A razão pode conhecer a realidade?
2- O que é razão objetiva? O que é razão subjetiva?
3- Quais as duas fontes origina a palavra razão?
4- O que fazemos quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos?
5- E que meio usamos para falar sobre essas ações?
6- O que provem a ilusão para a razão?
7- O que pode criar a ilusão?
8- O que distingue os filósofos cristãos sobre a razão oposta à revelação?
9- O significa o êxtase místico?
10- Pelo contrário, o que é o êxtase místico?
E.E. Prof.ª LYDIA YVONE GOMES MARQUES
Componente Curricular: Filosofia
Período: 11/05/2020 15/05/2020
Ano / Série / Termo: 3º anos A, B
Carga horária: 31
Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues
Leia o texto:
Os princípios racionais
Desde seus primórdios, a filosofia considerou que a razão opera segundo princípios que ela própria estabelece e que estão em concordância com a realidade mesmo quando não conhecemos ou formulamos explicitamente. Nós respeitamos esses princípios porque somos seres racionais e porque somos seres racionais e porque eles garantem que a realidade possa ser conhecida pela nossa razão. Que princípios são esses?
· Princípio da identidade, cujo enunciado pode parecer surpreendente: A é À ou que é. Ele afirma que uma coisa só pode ser conhecida e pensada se for percebida e conservada com sua identidade. Ou seja sem o princípio da identidade, sequer podemos pensar. Embora seu enunciado pareça absurdo (achamos obvio que uma coisa seja idêntica a si mesma), esses princípios é usado por nossa sociedade sem que percebamos. Onde é usado? Na chamada carteira de identidade (o nosso RG), por exemplo, com a qual se afirmar e se garante que é “A é Á”.
O princípio da identidade é a condição para definirmos as coisas e podermos conhecê-las com base em suas definições. Por exemplo, depois que a matemática determinou a identidade do triangulo como figuras de três lados e de três ângulos internos cuja soma é igual a soma de dois ângulos retos, nenhuma outra figura a não ser essa poderá ser denominada triangulo.
· Princípio da não contradição (também conhecido como princípio da contradição) cujo enunciado é “A é A e é impossível que seja, ao mesmo tempo e na mesma relação, não A”. E assim. É possível que a arvore que está diante de mim seja e não seja, ao mesmo tempo, uma arvore que o homem seja e não seja, ao mesmo tempo, mortal; que o vermelho seja e não seja ao mesmo tempo, vermelho, etc.
Sem o princípio da não contradição, o princípio da identidade não poderia funcionar. Se uma coisa ou uma ideia não poderia funcionar se uma coisa ou uma ideia se negarem a si mesmas, elas se autodestroem. Eis por que o princípio enuncia que as coisas e as ideias contraditórias são impensáveis e impossíveis.
Notemos, porém, que o princípio enuncia a impossibilidade de afirmar e negar a mesma coisa a respeito de algo ao mesmo tempo e na relação. Por que essas duas condições? Porque há coisas que podemos mudar no correr do tempo, de tal maneira que poderão tornar-se diferentes e até mesmo oposta ao que eram sem que isso signifique contradição. Por exemplo, é contraditório que, aqui e agora (nesta relação e neste tempo), uma criança seja e não seja criança; porém, não será contraditório dizer que essa criança é, agora, uma criança e não será uma criança quando crescer. Ou seja, num outro tempo e sob outra relação, a mudança de alguém ou de alguma coisa não é contraditória.
As duas condições para que haja contradição indicam também que esse princípio opera sempre da mesma maneira para as coisas que não estão submetidos ao tempo, justamente porque não se transformam. É o caso, por exemplo, das ideias matemáticas. Assim, será sempre contraditório dizer “círculo quadrado” ou dizer que a figura geométrica cubo é, ao mesmo tempo e na mesma relação, cubo e não cubo, embora uma caixa de papelão cubica possa essa forma com o correr do tempo ou com uma intervenção humana. O cubo geométrico não muda; uma caixa cubica de papelão pode mudar de forma (por Exemplo, se ficar sob a água, vira uma pasta)
· Princípio do terceiro excluído, cujo enunciado é: “Ou A é X ou não é X, e não há terceira possibilidade”. Por exemplo: “Ou este homem é Sócrates ou não é Sócrates”; “Ou faremos a guerra ou faremos a paz”. Esse princípio define a decisão de um dilema – ou isto, ou aquilo – no qual as duas alternativas são possíveis, e a solução exige que apenas uma delas seja verdadeiras. Mesmo quando temos um teste de múltipla escolha, escolhemos na verdade apenas entre duas opções – ou está certo, ou está errado – e não há terceira possibilidade.
Atividade copiar as questões e responder.
1- O que a filosofia considerou desde os primórdios?
2- Por que somos racionais desse o princípio?
3- Qual a condição para definirmos o princípio de identidade?
4- Qual exemplo é usado no princípio de identidade sobre a matemática?
5- O princípio enuncia a impossibilidade de afirmar e negar a mesma coisa a respeito de algo ao mesmo tempo e na relação. Por que essas duas condições?
6- Como que opera o princípio de não contradição?
7- Como que é ideia matemática para o princípio de não contradição?
8- Qual é o princípio que define a decisão de um dilema no principio do terceiro excluído?
EE PROFESSORA LIDYA IVONE MARQUES
Componente Curricular: Filosofia
Período: 18/05/2020 a 22/05/2020
Ano / Série / Termo: 3º anos A, B
Carga horária: 10
Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues
Leia o Texto e responda as perguntas a abaixo
As modalidades da atividade racional
A filosofia distingue duas grandes modalidades da atividade racional, realizada pelo sujeito do conhecimento: a intuição (ou a razão intuitiva) e o raciocínio (ou razão discursiva)
A atividade racional discursiva passa por etapas sucessivas de aproximação para chegar ao conceito ou a definição do objeto. Já a razão intuitiva ou intuição, ao contrário, consiste num único ato do espírito que capta por inteiro e completamente o objeto do conhecimento.
Vejamos como opera cada uma dessas modalidades de atividades racional.
A intuição
A intuição é uma compreensão completa e imediata de um objeto ou de um fato. Nela, de uma só vez, a razão capta todas as relações que consistem na realidade e a verdade das coisas intuída. É um ato intelectual de discernimento e compreensão, sem necessidade de provas ou demonstrações para saber o que conhece. Um exemplo seria um médico que, graças aos conjuntos de conhecimento que possui, vê de uma só vez a doença, sua causa e o modo de tratá-la. Os psicólogos se referem a intuição usando o termo inglês insight, que corresponde em português aos momentos em que dizemos entendi ou é isso.
Um exemplo de intuição pode ser encontrado no romance grande sertão vereda, de Guimarães Rosa. Riobaldo e Diadorim são dois jagunços ligados pelas mais profunda amizade e lealdade, companheiro de lutas e cumpridores de uma vingança de sangue contra os assassinos da família de Diadorim. Riobaldo, porém, sente-se cheio de angústia e tormento, pois seus sentimentos por Diadorim são confusos. É como se entre eles houvesse muito mais do que amizade.
Quando Diadorim é assassinado e o corpo é trazido para ser preparado para o funeral, Riobaldo descobre que o amigo era uma mulher. De uma só vez, Riobaldo compreende tudo o que havia sentido, todos os fatos acontecidos entre eles e que havia sentido, todos os fatos acontecidos entre eles e que lhe pareciam inexplicáveis, todas as conversas que haviam tido, todos os gestos estranhos de Diadorim (como o de jamais banhar-se nos rios na companhia dos demais jagunços). Então, compreende, instantaneamente, a verdade: estivera apaixonado por Diadorim.
Esse exemplo indica que a intuição pode depender de conhecimento anteriores e que ela ocorre quando esses conhecimentos são percebidos de uma só vez, numa síntese em que aparecem articulados, e organizados num todo. Isso significa que intuição pode ser momento final de um processo de conhecimento.
Muitos filósofos consideram também que uma intuição, depois de concluir um percurso, pode ser o ponto inicial de um novo percurso de conhecimento até uma nova intuição.
Atividade copiar e responder
1- Quais são as duas grandes modalidades da atividade racional?
2- O que é razão intuitiva ou intuição?
3- O que é intuição?
4- O que é um ato intelectual?
5- O que os psicólogos referem a intuição?
6- Onde pode ser encontrado o exemplo de intuição?
7- O que indica o exemplo da intuição?
8- O que os filósofos consideram sobre a intuição?
EE PROFESSORA LIDYA IVONE MARQUES
Componente Curricular: Filosofia
Período: 22/05/2020 a 29/05/2020
Ano / Série / Termo: 3º anos A, B
Carga horária: 10
Professor: Sergio de Oliveira Rodrigues
Leia o Texto e responda as perguntas a abaixo
Os tipos de intuição
A intuição racional pode ser de dois tipos: intuição sensível ou empírica e intuição intelectual.
A intuição sensível ou empírica é o conhecimento que temos a todo momento de nossa vida. Assim, com um só olhar percebemos uma casa, um homem, uma mulher, uma flor, uma mesa. Num só ato, por exemplo, capto que isto é uma flor: vejo sua cor e suas pétalas, sinto a maciez de sua textura, aspiro seu perfume, tenho-a por inteiro e de uma só vez diante de mim.
A intuição sensível ou empírica é o conhecimento direto e imediato das chamadas qualidades sensível do objeto externos: cor, sabor, odor, paladar, som, textura, bem como a percepção direta de formas, dimensões, distancias das coisas percebidas. Ou seja, é tudo o que nos é trazido por nossos órgãos dos sentidos. É também o conhecimento direto e imediato de nossos estados internos ou mentais que dependem ou dependeram de nosso contato sensorial com as coisas: lembranças, desejos, sentimentos, imagens.
A intuição sensível ou empírica é psicológica, isto é, refere-se aos estados do sujeito do conhecimento como um ser corporal e psíquico individual. Sensações, lembranças, imagens, sentimentos, desejos e percepções variam de pessoa para pessoa e numa mesma pessoa em decorrência de mudança em seu corpo, em sua mente ou nas circunstâncias em que o conhecimento ocorre.
Assim, a marca da intuição empírica é sua singularidade: por um lado, esta ligada a singularidade do objeto intuído (ao isto oferecido a sensação e a percepção) e, por outro, a singularidade do sujeito que intui (aos meus estados psíquicos, as minhas experiencias). A intuição empírica não capta o objeto em sua universalidade, e a experiencia intuitiva não é transferível para outro objeto. Tenho intuição desta maça, deste livro, desta mesa como coisas singulares e não da maça em geral, do livro em geral, da mesa em geral.
A intuição intelectual difere da sensível justamente por sua universalidade e necessidade. Quando penso uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo, sei, sem necessidade de demonstrações, que isso é verdade e que é necessário que seja sempre assim, ou que é impossível que não seja sempre assim. Em outras palavras, tenho conhecimento intuitivo do princípio da contradição como algo válido em todos os tempos lugares (é universal) e que não pode ser suprimido ou ser de outra maneira (é necessário).
Quando afirmo: todo é maior do que as partes, sei, sem necessidade de provas e demonstrações, que isto é verdade porque intuo intelectualmente uma forma necessária de relação entre as coisas.
A intuição intelectual é o conhecimento direto e imediato dos princípios da razão (identidade, contradição, terceiro excluído, razão suficiente), os quais por serem princípios, não podem ser demonstrados (para demonstra-los precisaríamos de outros princípios e para demonstrar estes outros princípios, precisamos de outros, num processo interminável)
Alguns filósofos afirmam também que conhecemos por intuição as ideias simples, isto é, aquelas que não são compostas de outras e não precisam de outras para ser conhecidas. Justamente por isso, as ideias simples são apreendidas num ato intuitivo. Por outro lado, como a intuição pode ser o ponto final de um processo de conhecimento, ela é também a apreensão intelectual de ideia complexas a que chegarmos por meio das demonstrações.
Atividade copiar e responder as questões
1- Quais são os dois tipos da intuição racional?
2- O que é o conhecimento da intuição empírica?
3- como são chamadas a intuição sensível ou empírica?
4- O que se refere a intuição sensível ou empírica psicológica?
5- O que é singularidade da intuição empírica?
6- O que a intuição empírica não capta nos objetos?
7- Qual é a diferença da intuição intelectual da intuição sensível?
8- O que afirmam os filósofos?
9- Pesquise e escreva sobre o mito da Caverna de Platão
10- Faça uma história em quadrinhos sobre o que foi pesquisado sobre o mito da Caverna.
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